Quem somos?
Analytics Brasil é uma representação do Laboratório Americano Analytics Corporation, reconhecido mundialmente desde 1977 pelas análises realizadas na área de Higiene Industrial.
A Analytics Brasil chega ao mercado brasileiro trazendo serviços para fins de Higiene Ocupacional e Segurança do Trabalho como análises químicas, assessoria e consultoria, treinamentos e aluguel de equipamentos.
Particulado “Total” versus Particulado Inalável
Analytics Brasil sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Compartilhe esta página com seus amigos
Particulado “Total” versus Particulado Inalável?
Tradicionalmente a amostragem de particulados utilizando filtros é conduzida em cassetes de 37 mm de diâmetros com face fechada (Figura 1), onde a bomba é ligada na saída de ar (lado rajado) e a face superior do cassete é mantida no mesmo, de forma que o ar e os aerossóis entram no dispositivo a partir deste orifício superior de entrada de ar (Figura 2).
Figura 1: Cassete de face fechada 37mm. Figura 2: Esquema orifícios cassete 37 mm.
O tipo de amostragem de particulado que mais utiliza este tipo de cassete é a chamada de ‘’Particulado Total’’, onde a exclusão de partículas de maiores tamanhos é bem conhecida e estabelecida.
A Fração Inalável corresponde a uma fração do aerossol que pode penetrar tanto no nariz e na boca durante a respiração podendo também se depositar em qualquer região do trato respiratório.
Veja nosso artigo sobre O uso de Ciclones para saber mais sobre os diferentes tipos de particulados.
A amostragem de Fração Inalável, utilizando amostradores IOM ou ‘’cassetes IOM’’, é internacionalmente definida por uma norma padrão (ISO 7708:1995) que institui a base dos monitoramentos de ar no Reino Unido e Europa, o qual substituiu os métodos baseados na amostragem de Particulado “Total”.
Por quê Particulado “Total” entre aspas?
Vários estudos indicam que a amostragem de Fração Inalável pode coletar partículas maiores do que a amostragem de Particulado ‘’Total’’.
Portanto a amostragem com cassete de face fechada (CFC), mais conhecida como Fração “Total”, é mais restritiva do que a Inalável, pois parte das partículas maiores não são amostradas. A denominação ‘’Total’’ começou a ser utilizada para este tipo de amostragem previamente ao desenvolvimento e estabelecimento da Fração Inalável e por convenção dos profissionais da área.
Na amostragem CFC para Particulado ‘’Total’’ é comum ocorrer perda de particulados nas paredes internas do cassete gerando uma fonte de desvios dos resultados. Isto porque os cassetes para particulado inalável foram desenvolvidos para que sejam pesados em conjunto com os filtros, gerando desta forma, uma maior correspondência entre os resultados e concentração ambiental, já que todos os particulados aderidos à parede do cassete serão computados no resultado da análise. (Figura 3).
Figura 3: Amostrador IOM de plástico.
Em 2011 a Occupational Safety and Health Administration (OSHA) escreveu uma carta para a SKC onde reconhece que a amostragem com amostrador inalável pode ser utilizada para particulado total, sendo inclusive mais eficiente (Figura 4).
Figura 4: Trecho da carta da OSHA reconhecendo que o amostrador IOM pode ser utilizado para Particulado Total.
Grande parte dos limites de exposição estabelecidos pela OSHA ainda não trazem especificação sobre o tamanho das partículas, exceto, por exemplo, para Sílica Cristalina. Já os novos TLVs® da ACGIH para aerossóis são especificados por tamanho de partículas, apesar de os métodos NIOSH e OSHA ainda não serem baseados nos mesmos.
Por outro lado, os limites de tolerância da NR-15 não estabelecem a fração a ser amostrada, exceto em alguns casos, como para Sílica Livre Cristalina. Desta forma, para conformidade com estes limites, não se faz necessário a amostragem utilizando amostradores inaláveis. Porém, caso algum limite seja comparado com os TLVs® da ACGIH e que especifiquem esta fração, este deverá ser amostrado conforme de acordo com o TLV®.
Entretanto existem alguns problemas que são enfrentados quando se utiliza os amostradores IOM. O primeiro deles é o preço. Estes amostradores são muito caros e é necessário um conjunto de equipamentos, também com preço elevado, para sua utilização. É necessário o suporte IOM e a câmara de calibração, além do porta-filtro, ou “cassete IOM”, que é fornecido pelo laboratório.
Outro problema é quanto a estabilidade da massa durante a pesagem. Vários laboratórios reportaram à SKC, principal fabricante deste material, a dificuldade de estabilidade durante a pesagem inicial e final do “cassete IOM”. Isso ocorre pois o material plástico do ‘’cassete IOM’’ absorve umidade facilmente, interferindo no peso. A solução para este problema é a utilização de um cassete de aço inoxidável (Figura 5), o que eleva ainda mais o custo. Para contornar este problema os laboratórios utilizam os ‘’cassetes IOM’’ de plástico e realizam pesagens consecutivas e sucessivas até a estabilização da massa do conjunto, além de controlar temperatura e umidade da sala de balanças onde ocorre as pesagens.
Figura 5: Amostrador IOM de aço inoxidável.
Mas ainda deve-se atentar ao manuseio dos “cassetes IOM”. Como este são pesados em conjunto com os filtros deve-se manuseá-los com luvas de borracha livres de pó para que não haja contaminação do cassete com gordura das mãos e sujeiras, como o pó das luvas.
A Analytics Brasil faz uso das metodologias propostas pela NIOSH e OSHA, contando com ACREDITAÇÃO TOTAL DA AIHA (Associação Norte-Americana de Higiene Industrial) desde o ano de 1981. Além disso, os dados obtidos nos relatórios de nossas análises são comparáveis com os limites de tolerância da legislação brasileira e da ACGIH com o objetivo final de determinar se o local é seguro e está em conformidade, eliminando passivos trabalhistas e insalubridade associados com a exposição no local de trabalho.
Analytics Brasil: Higiene Ocupacional ao alcance de suas mãos.
Ficou alguma dúvida? Deixe seu comentário!